Thursday, June 14, 2007

1.º Manifesto Violeta - 1917 - exemplar carimbado e assinado por Danielle Leblanc

O Primeiro Manifesto descrevia bem o que a Ordem pensava sobre a Arte. A Arte não reconhecia políticas era livre e adogmática.
De facto todos os constituintes da movimentação violeta professavam um certo escárnio em relação à conceptualização ensinada nas escolas de Belas Artes. A Arte era Universal, o seu conceito era pessoal e não discutível. Existia um certo espírito de luta perante as técnicas "limpas e imaculadas". Os materiais e as técnicas usadas podiam imiscuir-se de forma harmoniosa sem pudor. Pincel e espátula juntos numa tela. Fotografia e tinta unidos numa escultura amorfa constituída por "lixo", ferro e barro.
A arte é uma tradição maldita porque transporta a dualidade perfeição/imperfeição que depende dos gostos singulares. Os artistas são os danados, os médiuns que se ligam ao mundo das ideias e materializam as "ordens divinas". O sonho, a ideia, a conceptualização tornados reais, materializados e passíveis de serem sentidos pelos cinco órgãos que mantém o comum dos mortais presos a esta realidade isenta de imaginação.
Danielle Leblanc, filósofa colocou no papel em curtas palavras a verdadeira importância do Artista seja ele pensador, pintor, escultor ou escritor: Arte é criar... criamos, logo dominamos o mundo.Este manifesto foi espalhado pela cidade de Paris criando celeumas, medos e até mudanças no movimento artístico vigente. A maior de todas as perguntas que imperou durante semanas nas conversas parisienses era. "Que Ordem é esta?"
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Imagem cedida por Elias Malcolm, actual bibliotecário e fiel depositário da documentação interna da Ordem.

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