Sunday, June 17, 2007

11.º e 12.º Manifesto Violeta - Emanuel Alves líder da Ordem desde 2000



Os Manifestos 11.º e 12.º, escritos em 2001 e 2006 são indissociáveis um do outro.

Para ler o conteúdo faça o download do documento no link abaixo...
www.emanuelalves.com/manifesto.pdf

Thursday, June 14, 2007

1.º Manifesto Violeta - 1917 - exemplar carimbado e assinado por Danielle Leblanc

O Primeiro Manifesto descrevia bem o que a Ordem pensava sobre a Arte. A Arte não reconhecia políticas era livre e adogmática.
De facto todos os constituintes da movimentação violeta professavam um certo escárnio em relação à conceptualização ensinada nas escolas de Belas Artes. A Arte era Universal, o seu conceito era pessoal e não discutível. Existia um certo espírito de luta perante as técnicas "limpas e imaculadas". Os materiais e as técnicas usadas podiam imiscuir-se de forma harmoniosa sem pudor. Pincel e espátula juntos numa tela. Fotografia e tinta unidos numa escultura amorfa constituída por "lixo", ferro e barro.
A arte é uma tradição maldita porque transporta a dualidade perfeição/imperfeição que depende dos gostos singulares. Os artistas são os danados, os médiuns que se ligam ao mundo das ideias e materializam as "ordens divinas". O sonho, a ideia, a conceptualização tornados reais, materializados e passíveis de serem sentidos pelos cinco órgãos que mantém o comum dos mortais presos a esta realidade isenta de imaginação.
Danielle Leblanc, filósofa colocou no papel em curtas palavras a verdadeira importância do Artista seja ele pensador, pintor, escultor ou escritor: Arte é criar... criamos, logo dominamos o mundo.Este manifesto foi espalhado pela cidade de Paris criando celeumas, medos e até mudanças no movimento artístico vigente. A maior de todas as perguntas que imperou durante semanas nas conversas parisienses era. "Que Ordem é esta?"
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Imagem cedida por Elias Malcolm, actual bibliotecário e fiel depositário da documentação interna da Ordem.

Sunday, June 10, 2007

Magna Ars - poema de Pierre Leroux - 1948

Não sou o que sou…
Sempre fui nunca o serei,
aquilo que ao ser não sou.
Obra perfeita?
Já a encontrei.
É aquilo que sou sem ser o que não sou.
É o ser com o ser,
em todo o meu esplendor.
Sou um dos malditos.
O condenado por saber
que a obra perfeita eu encontrei,
No ser que sou e não posso ser.
O inatingível magistério de mim mesmo.

Sim… nego-me, não tenho coragem.
Ou será que me negaram, vis demiurgos…
Sois uns cobardes.

Tradução livre: Emanuel Alves

Pierre Leroux - 1932/1948



Pierre Leroux, líder da ordem de 1932 a 1948 foi um dos mais discretos artistas que o mundo conheceu. Retratado em poucas imagens, era um poeta romântico, melancólico que deixou apenas como legado seis poemas que dedicou a alguns amigos. O restante da sua vasta obra foi destruído pelo seu carácter irreverente e de eterno perfeccionista. Dizem vários relatos da época que depois de declamar belos poemas, comia o papel em que os mesmos estavam escritos ou chegava a queimá-los em público, dizendo em tom de desafio. “Serviram o seu propósito. Foram criados e degustados, qual a finalidade de continuarem a existir?” ou “Eram imperfeitos. Como tal não mereciam existir”.
Depois de entregar o poema “Magna Ars” a Begonha Salvador a sua sucessora na liderança da Ordem veio a suicidar-se uma semana depois.

Friday, June 8, 2007

Breve história da Ordem


A ordem violeta foi criada em 1917 por Marcel Duchamp. É uma associação de escritores e artistas plásticos que se mantém na utópica busca da obra perfeita. São os alquimistas da arte para poucos, os eternos amaldiçoados para muitos.
Adoptando uma nomenclatura típica da "arte real" alquímica, os seus membros reúnem-se em Magistérios sendo o líder do Supremo Magistério conhecido como Eterno-Espagiríta.
Mantida na obscuridade pelos seus 6 membros fundadores, Marcel Duchamp, Man Ray, Pierre Leroux, Francis Picabia, Emmy Masson e Danielle Leblanc, a ordem saiu do circuito "underground" em 2005 por intenção sufragada em conselho do Supremo Magistério pelo actual líder Emanuel Alves.
Durante a sua existência foram escritos 12 textos conhecidos como “manifestos violeta” e por intenção da ordem foram realizadas pequenas manifestações a nível público conhecidas como “revoluções violeta”.
Desde 1917 a Ordem conheceu vários líderes, desde Duchamp, passando pelo poeta Pierre Leroux, a escultora haitiana Danielle Lebranc, o alquimista Eugène Canseliet, o fotógrafo Man Ray, o escritor Jorge Luís Borges, o pintor Yves Klein e tantos outros que optam pelo anonimato e o circuito underground da busca da obra ideal.
Este blog tem a intenção de dar a conhecer o mais discreto movimento de artistas que a história presenciou e oferecer ao comum cibernauta, imagens e textos inéditos do poder criativo dos seus actuais 132 membros dispersos pelo mundo.

.'. Artur Royal